1 de jul. de 2011

CONECTADOS


Menino ainda saia com a minha mãe para visitar os parentes. Era uma festa quando chegávamos em alguma casa. Comida, bebida, e uma longa conversa, duravam algumas boas e divertidas horas. Nada interferia naquele momento de comunhão, nem mesmo a novela.


Hoje não vejo mais essas coisas. Para ir a casa, mesmo do mais próximo, temos que agendar, parece que tornou-se algo “chique” agendar. Em alguns casos só nos vemos no Natal, e alguns nomes temos dificuldades em lembrar.


Mas estamos conectados, e por uma forte “rede social” mantemos um contato com familiares que não vemos, e nem queremos ver. Conectados para contatos superficiais, onde somente as coisas boas são conhecidas. Falta o toque maravilhoso do ósculo santo, o bom e forte abraço, falta aquele olhar nos olhos, a troca de palavras ato insubstituível em qualquer relacionamento social.


Será que os tempos de menino voltarão? Ou será que daqui para frente o isolamento será uma crescente e constante realidade?


Ah, que bom seria se os tempos de menino voltassem! Que bom seria se pudesse visitar os meus familiares, os meus amigos, sem agendar, e se fosse visitado por eles também.


O TEMPO PASSA A MIL E NÓS FICAMOS A VER NAVIO.

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